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O Fundo Monetário Internacional (FMI) impõe condições para novo socorro à Argentina. Segundo a vice-diretora-gerente do Fundo, Anne Krueger, o país deve apresentar um plano econômico "coerente e sustentável" e negociar acordos com os credores, antes de pedir nova ajuda. De qualquer forma, a decisão do FMI deve demorar pelo menos um mês, disse ela.
Em telefonema ao presidente argentino, Eduardo Duhalde, nesta sexta-feira, o dirigente norte-americano George W. Bush voltou a condicionar o apoio ao país. O porta-voz de Bush, Ari Fleischer, afirmou que os dois presidentes "tiveram uma conversa muito boa sobre os desafios econômicos que a Argentina enfrenta enquanto o governo prepara um plano econômico sustentável". Bush reafirmou as "fortes relações bilaterais" e disse que esse programa sustentável é "requisito prévio" para que os Estados Unidos ajudem a Argentina, disse Fleischer.
Duhalde comunicou a Bush que os ministros argentinos da Economia, Jorge Remes Lenicov, e de Relações Exteriores, Carlos Ruckauf, viajarão no fim deste mês a Washington para informar o governo norte-americanos e o FMI sobre o plano econômico, disse em Buenos Aires o porta-voz presidencial, Eduardo Amadeo.
Em entrevista em Santiago do Chile, Anne Krueger afirmou ainda que o governo do presidente Eduardo Duhalde arrisca-se a provocar hiperinflação se começar a emitir moeda. Isso neutralizaria outras medidas adotadas para tirar o país da crise financeira, afirmou. Segundo ela, o FMI vai esperar informações sobre o plano econômico em elaboração pelo governo argentino.
Uma missão do FMI está em Buenos Aires analisando a situação financeira e bancária do país, e na próxima semana outro grupo chegará à Argentina. Krueger manifestou dúvidas sobre as intervenções do BC argentino no mercado de câmbio para impedir uma queda acentuada do peso em relação ao dólar. Anne Krueger manifestou sua satisfação com a decisão do governo argentino de flexibilizar o chamado "corralito". Segundo a dirigente do FMI, o alto risco para investimentos na Argentina não deverá impedir a chegada de capitais aos países vizinhos, como Chile e Brasil.
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